O papel da Liderança em meio ao mundo BANI

A pandemia do coronavírus, que chegou com força total no Brasil em março de 2020, revelou ser um grande desafio ao mundo corporativo. Mostrou claramente que os fatos exteriores às empresas impactam diretamente nas organizações e alteram profundamente a forma de gerenciar projetos e executar planos de ação junto com a estratégia anteriormente desenhada.Se até então pensava-se em um mundo VUCA – Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade) – agora já se compreende a construção do mundo BANI – Brittle (frágil), Anxious (ansioso), Nonlinear (Não-linear) e – Incomprehensible (incompreensível). E os líderes têm que ter à mão boas ferramentas para lidar com a mudança dos mundos e o surgimento dessa nova realidade.

VUCA x BANI

Pensar em VUCA e BANI é mais do que levantar conceitos: ambos servem como princípios norteadores para desenvolver mecanismos e metodologias voltadas à orientação de processos de tomada de decisão. Como o mundo se altera rapidamente, há que se pensar em conceitos chaves que parecem reger o clima da sociedade à época. VUCA foi desenvolvido ainda na década de 1980 pelo exército dos Estados Unidos, enquanto BANI foi pensado em 2018 por Jamais Cascio, antropólogo do mesmo país, e ganhou muita força a partir do novo contexto mundial gerado pela pandemia do COVID-19.

O BANI é, para além de uma percepção sobre a atualidade, uma evolução conceitual do que já havia sido dito no VUCA. A volatilidade pressupõe a capacidade de sofrer mudanças rapidamente, enquanto a fragilidade incute nesse contexto efêmero e inconstante a percepção de que nossas bases são frágeis e que podem se dissolver sob nossos pés rapidamente. No caso da incerteza, que levanta a existência de um ambiente imprevisível, adiciona-se um sentimento que já chegou a níveis patológicos nos dias de hoje: a ansiedade. À complexidade de um mundo interconectado e interdependente surge como oposição a não-linearidade de um mundo em que vários eventos desconectados e desproporcionais parecem ocorrer ao mesmo tempo. Por fim, da ambiguidade fomentada pela ausência de modelos que possam explicar os fenômenos surge o incompreensível: nosso mundo atual existe sem qualquer lógica que nos possibilite algum entendimento.

Como a Liderança pode atuar?

Engana-se quem acredita que disso só é possível reconhecer o caos. Pensar numa estrutura de mundo BANI é abrir os olhos para as mudanças imediatas da sociedade e, rapidamente, encontrar os fatores correspondentes para a recuperação de um equilíbrio. Em sua palestra para o TED Talks, o idealizador deste conceito elenca as principais ferramentas para a construção de um mundo melhor:

  1. Transparência
  2. Cooperação
  3. Propensão para experimentos
  4. Apreciação pela ciência.

Esses princípios podem ser combinados com atitudes individuais que possuem os valores essenciais de mudança. “A fragilidade pode ser enfrentada através de resiliência e liberdade. A ansiedade pode ser aliviada por empatia e atenção plena. A não-linearidade necessitaria de contexto e flexibilidade. E a incompreensibilidade pede transparência e intuição.”, reforça Cascio.

 

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