[Série Liderança e COVID-19] Você vai precisar de… RESILIÊNCIA


Nestes tempos incertos, em que os desafios impostos pela necessidade de isolamento e de trabalho remoto são sensivelmente amplificados, a Resiliência, um dos atributos mais valorizados nos líderes, pelas organizações, torna-se ainda mais importante.

Da física, temos que resiliência é a capacidade que um determinado corpo tem de voltar a seu estado original após sofrer alguma deformação. A psicologia adotou este conceito e definiu a resiliência humana como a capacidade de um indivíduo suportar um alto grau de pressão, durante algum tempo, até que as coisas voltem ao seu estado normal.

Desta forma, todo gestor, neste momento de exceção, vai precisar aprimorar este atributo para lidar melhor com o aumento dos desafios, que já está ocorrendo.

Na prática

  1. Entender a realidade. É importante estar consciente de quais serão os desafios, os riscos atuais e a magnitude do rumo que as coisas podem tomar, no médio e longo prazos. Para isso, é necessário estar bem informado, buscando dados em fontes sérias e confiáveis. Resistir à tentação de se deixar levar apenas por suposições, crenças e valores desconectados do que a ciência está indicando.
  2. Mostrar determinação. Deixar evidente, para os liderados, que há uma genuína preocupação com a gravidade da situação e estar sempre atento ao estado de espírito da equipe, identificando, sempre que ocorrer, uma queda no ânimo de algum componente.
  3. Manter a serenidade. É natural, em situações de grande estresse, a possibilidade de perda do controle emocional e isso transparece para o time. Procure adotar alguma ferramenta de autocontrole para se manter sereno e passar confiança à equipe.
  4. Constante autoavaliação. Assim como na física, onde os corpos podem sofrer deformação permanente se submetidos a um esforço extremo, a resiliência humana também não é ilimitada. É importante, por isso, manter uma atenta vigilância aos sinais que o nosso corpo dá, como aumento de pressão arterial, taquicardia ou insônia e procurar auxílio médico para controlar esse tipo de sintoma e evitar, por exemplo, o risco de uma Síndrome de Burnout.

Cabe a nós, como profissionais, avaliar como temos lidado com as adversidades, perceber quando é que estamos nos aproximando dos limites suportáveis, descobrir quais as melhores formas de reduzir os perigos de uma ruptura e, assim, estarmos preparados para encarar desafios desconhecidos. No que diz respeito à resiliência, o autoconhecimento é a ferramenta mais eficaz.

Arnaldo Gomes

Consultor Associado – TOTAL Corporate