5 passos para desenvolver sua Flexibilidade Cognitiva e lidar melhor com o efeito da Pandemia

 

Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler ou escrever, mas sim aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender” – Alvin Toffler

Quem diria que Mr Toffler (1928-2016), escritor futurista Americano, estaria tão certo sobre nossos tempos atuais? Afinal, desaprender e reaprender nunca foram habilidades tão verdadeiras e necessárias como agora, em meio à Pandemia do COVID-19.

Aliás, o Fórum Econômico Mundial já havia relatado em sua pesquisa “O Futuro do Trabalho” (2016) que “empregadores em breve estarão colocando mais ênfase em habilidades cognitivas como criatividade e adaptabilidade”.

Eu, por exemplo, ainda preciso reaprender várias coisas – tanto em minha rotina pessoal como profissional. Sei que manter a mente aberta para o novo, coletando feedbacks e gerando autoavaliação irão me ajudar a percorrer este caminho – e nisto consiste o conceito de Flexibilidade Cognitiva.

Além disso, segundo estudos recentes da neurociência, desenvolver maior flexibilidade cognitiva gera uma maior atividade em uma região do nosso cérebro, o córtex pré-frontal – e isto está diretamente associado a menos sintomas de depressão e ansiedade, bem como menor probabilidade de ter um diagnóstico de doença mental.

Praticando

Você também pode fazer isto através deste passo a passo:

  1. Faça uma lista de “Coisas que você não sabe”. Podem ser tópicos que vão surgindo ao longo do dia, perguntas que você ainda não sabe responder, algumas habilidades que você percebeu que já está precisando ou vai precisar logo mais. Colete as ideias por 2 ou 3 dias antes de ir ao próximo passo. Esta é a fase do “Aprender”
  2. Enriqueça sua lista pedindo a visão e opinião de pessoas importantes e relevantes neste processo: pode ser sua equipe, alguns colegas de trabalho, seu chefe, amigos que te conhecem bem, marido/esposa etc
  3. Organize sua lista por prioridades, e perceba quanto tempo cabe em sua rotina para se dedicar a um, dois ou três itens principais. Importante: reserve tempo em sua agenda, e termine cada dia vendo o progresso que fez (ou não) em cada item. Reprograme a agenda do dia seguinte (ou da semana inteira) baseada na sua performance e novas prioridades que, naturalmente, irão surgir.
  4. Crie agora uma lista de “Preciso desaprender”: quais são costumes, pensamentos, hábitos e atitudes que você precisa desconstruir, deixar para trás. É hora de “esvaziar o copo” e dar espaço a novos comportamentos e modos de pensar que são mais adequados a seu momento, ao seu contexto. Esta é a fase do “Desaprender”. Cabe a você avaliar o que é pertinente ou não – mas também pode contar com feedbacks preciosos das mesmas pessoas que te ajudaram no item 1 acima.
  5. Faça um “Plano de Vitória”: qual seu comprometimento, baseado no Desaprender e Aprender, que você pretende colocar em prática? Como você saberá que está fazendo o que deveria ou gostaria de fazer? Pode ser um checklist diário, perguntas de autoavaliação, um plano de ação simplificado, ou até mesmo escrever um diário (“journal”, como está na moda em inglês). Escolha uma ferramenta e use-a com disciplina. Não levará mais do que 5 minutos por dia – encontre seu melhor horário (para algumas pessoas, funciona melhor assim que acordam; para outros, antes de dormir). Esta é a fase do “Reaprender”. Enquanto profissional de desenvolvimento de líderes, tenho visto alguns clientes que realmente se comprometem com este pequeno exercício alcançar hábitos e habilidades em questão de apenas 2 a 3 semanas – vale muito a pena!

Apenas a prática e repetição levam à mudança consistente. Não há milagres nem sucesso repentino aqui. Por isso, seja muito disciplinado/a neste momento de transformação e flexibilidade cognitiva. Receber o apoio de um Coach ou Mentor qualificados tornam-se diferenciais também, para você elevar seu nível de comprometimento e facilitar seu processo de evolução e desenvolvimento pessoal e/ou profissional.

Flexibilidade para lidar com mudanças

Como disse Heráclito, grande pensador grego que estudou muito sobre as relações humanas: “Ninguém pisa duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou”. Creio que esta é a síntese deste momento. Todos já mudamos, estamos mudando ainda mais aceleradamente agora, e vamos continuar mudando.

Sorte daqueles que decidirem fazer isto de forma consciente e deliberada, exercitando sua flexibilidade cognitiva para capitalizar sobre as novas realidades e oportunidades que vão, pouco a pouco, se revelando aos olhares mais atentos e preparados.

 

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Rodrigo Collino

Leadership Strategist & Managing Partner at TOTAL Corporate